quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ahhh.... a Primavera!!

E ... junto com a Primavera... chega as primeiras chuvas, que demorou, os cajuzinhos do cerrado estavam precisando de verdade.



             Não somente os cajuzinhos, mas acredito que todos os seres vivos. Já faziam 4 ciclos lunares sem cair uma só gota do céu. O cerrado, como sempre, castigado por tantas queimadas, rebrota com lindas flores, é a forma dele revidar a crueldade.. nos dando flores e nos fazendo refletir sobre o cuidado com o nosso meio. Será que somente quando a última árvore for derrubada é que entenderemos que dinheiro não se come? ... parafraseando o provérbio indígena... será que somente quando o último campo da nossa floresta medicinal for queimado é que entenderemos que o cerrado não se imita?


            Cachoeiras, cortes e contusões a parte, alcançamos a vigésima fiada na bioconstrução de super adobe, já passamos as janelas e as portas.. UFA! (obrigada amados amigos). Agora falta pouco... e tem que ser rápido, a barraquinha não aguentará mais uma chuva.
           

            Humm... e hortinha? Está linda... mostarda, tomates, manjericão, mil ramas... todo mundo crescendo feliz!


            À todos uma Feliz Primavera... serena como o canto dos passarinhos e com a energia da luz da lua que nos convida a semear. 


domingo, 28 de agosto de 2011

Cuidar do Planeta Terra... Cuidar das Pessoas...


Cuidar do Planeta Terra, seres vivos ou não.. solo, rocha, atmosfera, o habitat.. Cuidar das pessoas, ceifar sorrisos, colher alegrias...


A Permacultura é fonte de inspiração, o intuito é um sítio abundante, um ambiente repleto de alimento e felicidade para todos os seres vivos, equilibrado energéticamente, protegido do caos da informação e dos impactos que o planeta possa sofrer.

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Um princípio fundamental que norteia o trabalho é o respeito pela Sabedoria da Natureza. Em seus sábios ensinamentos não há tempo, não há o mal... o mundo se apresenta da forma que o vemos.

Nesse sentido, copiar a natureza se faz necessário. Observar a beleza com que cada planta ocupa um lugar nas matas, a forma como pisam as araras nas copas das árvores, a organização e cooperação das formigas... Um sistema perfeito para cada lugar.

As possibilidades de cada lugar são infinitas, podemos criar técnicas apropriadas para determinadas situações. 


O permacultor procura:
  • Reflorestar o planeta Terra;
  • Trabalhar com a natureza e não contra ela;
  • Mudar o mínimo possível no ambiente, para obter o máximo de efeito;
  • Perceber os dois lados de uma situação: é a maneira como a percebemos que a torna benéfica ou não;
  • Perceber as muitas formas de funcionamento que os elementos têm num sistema. O único limite está em nossa própria criatividade e conhecimento;
  • Focar em soluções e não em problemas;
  • Criar soluções;
  • Trabalhar onde for mais efetivo;
  • Cooperar e não competir;
  • Minimizar a demanda de energia e manutenção de seu sistema, maximizando o ganho;
  • Trazer a produção de alimentos de volta às cidades;
  • Auxiliar as pessoas a serem mais auto-confiantes;
  • Criar sistemas que sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis, que forneçam suas próprias necessidades, não poluam, não destruam, e assim sejam sustentáveis e duráveis.(http://www.permacultura-bahia.org.br/interna.php?cod=18)
E o super adobe na Chapada continua...



Quem vem?


sexta-feira, 29 de julho de 2011

A enxada é o básico da roça

Em 5 meses, o terreno já passou por algumas mudanças. A concentração dos trabalhos está primeiramente na estruturação do banheiro seco e a casa de super adobe.

            O banheiro começou a ser construído em fevereiro.  A opção foi o banheiro seco, que fornecerá húmus para o tratamento de algumas espécies vegetais, em especial substrato para mudas. Além disso, é de rápida construção e é possível, usando a criatividade e o mesmo princípio, construí-lo de diversas formas e materiais diferentes.



            Utilizou-se nas paredes a técnica do pau-a-pique e garrafas, além disso cimento, areais e tijolos de barro. Em aproximadamente 40 dias o banheiro seco estava pronto para ser utilizado, mas ainda faltando acabamento como o reboco e a pintura. 







            O box para o chuveiro foi construído de ferrocimento, em forma de caracol, assim não é necessário colocar a porta.









            Concentração total agora na construção da primeira casa bioconstruída da Casa da Embaúba. A idéia é contruir uma casa de super adobe, redonda, com aproximadamente 6m de diâmetro. Até as próximas chuvas ela fica pronta! Estamos contando com a ajuda de vizinhos e dos irmãos que aparecem por aqui.












              Trabalhar o design do sítio a partir das necessidades básicas é realmente imprescindível. É daqui que começaremos a definir o design permacultural do sítio. Aguardem!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A nossa Casa - O CERRADO

Casa da Embaúba está localizado no Bioma Cerrado, hoje considerado um dos biomas mais ameaçados do mundo e de maior biodiversidade. Apesar de poucos estudos, encontram-se nele poderosos remédios e frutas nutritivas, além de seu grande potencial madeireiro.

O Cerrado brasileiro é uma forma de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que ocupam do território do país. É o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 , abrangendo oito estados do Brasil Central:Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal.

É cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, e daí a sua grande importância. Acabando-se com o Cerrado acabam-se também nossa riqueza e abundância de água.

Está desde 1960 sendo ameaçado crescentemente, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por frequentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.

Uma da regiões mais belas do Cerrado é a  Chapada dos Veadeiros. Região que se destaca pela exuberância das suas belezas naturais, mas também sofre com os efeitos da degradação crescente causada pelo homem.

A Casa da Embaúba é um exemplo disso. Na região que está localizada encontram-se grande áreas de recarga do Rio Tocantins, importante rio brasileiro. Há cachoeiras belíssimas, entre 15 a 30 km de distância da Casa, como a Cachoeira do Macacão e Macaquinho, Cachoeira do Cristal, entre outros. Porém o que nota-se são grande impactos antrópicos: assoreamento de córregos, falta mata de galeria na beira de rios, córregos e nascentes, grandes desmatamentos para pastagem e monoculturas.

Um dos pontos da Cachoeira do Macaquinho

Cachoeira dos Macaquinhos

Cachoeira do Cristal
 FAÇA A SUA PARTE, E AJUDE-NOS A REFLORESTAR O CERRADO!

Um trabalho intensivo de reflorestamento da Casa da Embaúba começou em novembro de 2010, mas ainda há muito que ser feito. Estamos aceitando DOAÇÃO DE MUDAS. Caso tenha interessa mande um e-mail para casadaembauba@gmail.com.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sistema de Arcos Romanos - O Retorno das Águas da Casa da Embaúba



Acumular água da chuva que passa pelo terreno é uma das melhores formas de recuperar terrenos degradados. Com bastante água no terreno, o solo se mantêm úmido por mais tempo aumentando a população de gramíneas e árvores, o trará um maior número de animais nativos que serão os resnponsáveis pela revegetação do local. Além disso, havendo maior acúmulo de água da chuva no terreno, a enxurrada deixará de assorear os rios e córregos e diminuirá o impacto da água, evitando as erosões.

As água correm por diferentes partes do terreno, por cima e por baixo em direções diversas.

Este sistema, além de preservar o volume da água das chuvas do terreno também protegem e fortalecem as águas subterrâneas, chamadas de lençol freático. Elas são permanentes, de extrema importâncias para as plantas, porém devem ser vistas como reserva. Pensemos nisso como o tanque de um carro. A reserva também acaba ou fica tão fundo que a bomba de gasolina não consegue mais puxar e o carro morre.

Acumular a água da chuva, aumenta-se a reserva subterrânea. Os Arcos Romanos  é um sistema de barreiras eficiente capaz de armazenar água em todos os canais de drenagem de uma bacia ou micro-bacia hidrográfica.

Mapeamento

A tarefa de reunir e conservar água das chuvas por bastante tenpo começa com o mapeamento da área. É necessário determinar a extensão da bacia hidrográficas (grotas, nascentes, córregos) a direção dos fluxos, o volume da água, o tipo de solo.

Deve-se fazer o levantamento de materiais que serão possíveis de se utilizar para a construção dos arcos. Pedras, barro e madeira são materiais dados pela natureza, a água infiltra tranquilamente retornando ao seu curso além de filtrar a água conforme o seu fluxo.

Os Arcos Romanos

Uma das artes da captação de água em Roma era a represa em torno de nascentes ou jorros de água. Um arco romano convexo construído contra a correnteza. O mesmo arco represa águas da chuva em vales, córregos temporários e torna perenes nascentes intermitentes.

O arco é deitado, na posição horizontal. Nos barrancos há que se encontrar um ponto de apoio. Às vezes, uma pedra grande, uma raiz, uma entrância, onde se possa começar o arco.

As paredes da grota ou córrego servem de colunas para a construção do arco. Quanto mais apoio tiverem as pedras contra as margens, maior será a resistência do arco. A espessura da barreira dependerá da massa de água, do peso e da velocidade.

Efeitos imediatos

Aumento do volume da água. Em pouca horas há um aumento da água represada. Um ou dois centímetros pode parecer pouco, porém, numa superfície de 1 metro de coprimento po 50 centímetros de largura. Equivale a 10 litros de água a mais. A água penetra nas paredes da grota, umedece o ambiente, infiltra-se mais fundo no solo e pode, por efeito da percolação, alcançar as água subterrâneas, produzindo o efeito de vasos comunicantes.

Reflorestamento nativo. As barragens provocam o aparecimento de árvores nativas cuja raízes ou sementes estão adormecidas esperando água ou umidade. Um terreno protegido por barragens se reveste imediatamente de gramíneas de várias espécies que produzem minúsculas espigas de sementes, apreciadíssimas por passarinhos.

Umidade. Permite o estímulo do crescimento da vegetação. A barragem é como um tambor de água enterrado.

Maiores informações no livro “O Retorno das Águas – preservação de nascentes”, da Editora SER de Eugênio Giovenardi. 

Esse sistema foi desenvolvido por Eugênio Giovenardi. Pós-graduado em Sociologia do Desenvolvimento. É especialista em Cooperação Agrícola e Organizações Rurais às quais dedicou 35 anos. Há mais de uma década de propôs a “produzir” água, protegendo as nascentes de seu Sítio das Neves, mediante reflorestamento nativo e construção de barreiras de pedras. O Sítio das Neves é uma área de 100 hectares, totalmente reflorestado naturalmente pela natureza após a construção de cerca de 100 arcos romanos.

Assista abaixo Eugênio Giovenardi explicando a sistema de recarga de nascentes através da construção de Arcos Romanos:








segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011 Fluindo!!

É claro que determinados lugares ajudam na conexão com natureza. Ou melhor, re-conectar com ela, visto que é ela quem nos oferece abrigo, aconchego, alimentação em abundância... alimento para o corpo e a alma. Somente tocando na terra, ouvindo os animais, sentindo os raios de sol é que conhecemos a Mãe....

Dai surge a importância de resgatar sabedoria antigas, utilizar tecnologias para a melhor utilização dos recursos naturais, de forma eficiente e sustentável, visando as gerações futuras e o bom trato da natureza. Gerar menos lixo e desperdícios, economizar energia e ter uma alimentação saudável e viva.

O que parece utópico é simplesmente fruto de uma escolha. Escolher se desconectar com a informação dominante, que nada mais é que um sistema de alienação repleta de interesses econômicos e passar a praticar a vivência em prol da coletividade, respeitando a verdade interior, plantando harmonia....

"Toda caminhada começa com um simples passo" (Buda)

A cada passo a Existência nos contempla com a inspiração e energia dada pela árvores, com amigos companheiros que doam os seus dias para nos ajudar na construção desse sonho, com informações importantes vindo de tantos lugares. A Casa da Embaúba só tem a agradecer.

O começo de 2011 foi marcante. Terminado enfim o primeiro barraco do terreno. Nele está instalada uma cozinha, local para guardar ferramentas e sementes, além do abrigo da chuva... que está linda no cerrado!

"Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa dos seu planos". (Gerhard Erich Boehme)

Multirão para colocar o telhado






Barraco pronto... (não vai ser essa cor!)
Caminhada matinal e conhecimento do terreno.


Santuário!!
Aproveitando a lua minguante, o manejo foi efetuado na parte inferior do terreno, próximo ao córrego. Foram podadas as magueiras, cítricus e urucum, além de espécies nativas. O intuito também era fornecer matéria orgânica para o solo.
A Mari teve trabalho com as mangueiras
Olha o tamanho que já está este Jenipapo! uma das primeiras a ser plantada na Casa da Embaúba
A Casa da Embaúba deseja a todos que mais esta volta ao Sol seja repleta de luz, esperança, arco-íris e ondas boas....!!!