sábado, 22 de janeiro de 2011

Sistema de Arcos Romanos - O Retorno das Águas da Casa da Embaúba



Acumular água da chuva que passa pelo terreno é uma das melhores formas de recuperar terrenos degradados. Com bastante água no terreno, o solo se mantêm úmido por mais tempo aumentando a população de gramíneas e árvores, o trará um maior número de animais nativos que serão os resnponsáveis pela revegetação do local. Além disso, havendo maior acúmulo de água da chuva no terreno, a enxurrada deixará de assorear os rios e córregos e diminuirá o impacto da água, evitando as erosões.

As água correm por diferentes partes do terreno, por cima e por baixo em direções diversas.

Este sistema, além de preservar o volume da água das chuvas do terreno também protegem e fortalecem as águas subterrâneas, chamadas de lençol freático. Elas são permanentes, de extrema importâncias para as plantas, porém devem ser vistas como reserva. Pensemos nisso como o tanque de um carro. A reserva também acaba ou fica tão fundo que a bomba de gasolina não consegue mais puxar e o carro morre.

Acumular a água da chuva, aumenta-se a reserva subterrânea. Os Arcos Romanos  é um sistema de barreiras eficiente capaz de armazenar água em todos os canais de drenagem de uma bacia ou micro-bacia hidrográfica.

Mapeamento

A tarefa de reunir e conservar água das chuvas por bastante tenpo começa com o mapeamento da área. É necessário determinar a extensão da bacia hidrográficas (grotas, nascentes, córregos) a direção dos fluxos, o volume da água, o tipo de solo.

Deve-se fazer o levantamento de materiais que serão possíveis de se utilizar para a construção dos arcos. Pedras, barro e madeira são materiais dados pela natureza, a água infiltra tranquilamente retornando ao seu curso além de filtrar a água conforme o seu fluxo.

Os Arcos Romanos

Uma das artes da captação de água em Roma era a represa em torno de nascentes ou jorros de água. Um arco romano convexo construído contra a correnteza. O mesmo arco represa águas da chuva em vales, córregos temporários e torna perenes nascentes intermitentes.

O arco é deitado, na posição horizontal. Nos barrancos há que se encontrar um ponto de apoio. Às vezes, uma pedra grande, uma raiz, uma entrância, onde se possa começar o arco.

As paredes da grota ou córrego servem de colunas para a construção do arco. Quanto mais apoio tiverem as pedras contra as margens, maior será a resistência do arco. A espessura da barreira dependerá da massa de água, do peso e da velocidade.

Efeitos imediatos

Aumento do volume da água. Em pouca horas há um aumento da água represada. Um ou dois centímetros pode parecer pouco, porém, numa superfície de 1 metro de coprimento po 50 centímetros de largura. Equivale a 10 litros de água a mais. A água penetra nas paredes da grota, umedece o ambiente, infiltra-se mais fundo no solo e pode, por efeito da percolação, alcançar as água subterrâneas, produzindo o efeito de vasos comunicantes.

Reflorestamento nativo. As barragens provocam o aparecimento de árvores nativas cuja raízes ou sementes estão adormecidas esperando água ou umidade. Um terreno protegido por barragens se reveste imediatamente de gramíneas de várias espécies que produzem minúsculas espigas de sementes, apreciadíssimas por passarinhos.

Umidade. Permite o estímulo do crescimento da vegetação. A barragem é como um tambor de água enterrado.

Maiores informações no livro “O Retorno das Águas – preservação de nascentes”, da Editora SER de Eugênio Giovenardi. 

Esse sistema foi desenvolvido por Eugênio Giovenardi. Pós-graduado em Sociologia do Desenvolvimento. É especialista em Cooperação Agrícola e Organizações Rurais às quais dedicou 35 anos. Há mais de uma década de propôs a “produzir” água, protegendo as nascentes de seu Sítio das Neves, mediante reflorestamento nativo e construção de barreiras de pedras. O Sítio das Neves é uma área de 100 hectares, totalmente reflorestado naturalmente pela natureza após a construção de cerca de 100 arcos romanos.

Assista abaixo Eugênio Giovenardi explicando a sistema de recarga de nascentes através da construção de Arcos Romanos:








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